A Netflix
anunciou na CES 2016, em Las Vegas, a maior expansão global desde a
fundação da empresa, em 1997. A partir desta quarta-feira (6), o serviço
de streaming de vídeos está disponível em mais 130 países ao redor do
mundo, incluindo Índia, Vietnã, Rússia, Polônia, Arábia Saudita,
Singapura, Coréia do Sul, Indonésia e até no Azerbaijão.
Segundo Reed Hastings, CEO da Netflix, a companhia está disponível neste momento
em quase todos os países do mundo, menos na China. Hastings se mostrou
esperançoso para mudar isso em um futuro não tão distante. Até hoje, o
serviço estava disponível em menos de 50 países, excluindo até alguns da
Europa. O continente americano, por outro lado, já era completamente
abrangido.
Como aponta o The Verge, ainda há países como a Criméia, Coréia do Norte e a Síria que restringem empresas americanas de atuarem no país, impossibilitando a expansão. Além disso, títulos grandes como House of Cards e Orange is The New Black podem não estar disponíveis em todos os países devido a direitos de distribuição.
A
companhia vem investindo bastante em conteúdo original, além de ter os
direitos de distribuir esse conteúdo ao redor do mundo. Para 2016, está
marcado o lançamento de 31 lançamentos de séries, incluindo temporadas e
títulos completamente originais. Além disso, 24 filmes e documentários
originais e 30 produções próprias da Netflix feitas para crianças. É
muita coisa!
Na apresentação, em que também foram divulgadas mais informações sobre as séries The Crown e The Get Down,
Hastings frisou a importância dessa expansão. “Os consumidores estão
felizes em pagar um preço justo [para acessar o catálogo do serviço] em
vez de recorrer à pirataria”, disse.
Uma
estimativa apresentada por Hastings no palco aponta que 3,2 bilhões de
pessoas no mundo têm acesso à internet, contra 400 milhões no ano 2000.
Agora, isso significa que uma grande parcela desse número já pode
acessar o catálogo da empresa e desfrutar os títulos do serviço. O CEO
definiu a expansão como “o nascimento de uma TV pela internet global”.
O
acesso ao vasto conteúdo oferecido pelo serviço, que inclui
documentários, filmes e séries, é importante para a formação cultural de
inúmeros países. Sem contar que agora a companhia terá muito mais dados
de usuários para estruturar em big data para aprimorar as recomendações
de títulos. “Um dia, nós esperamos ficar tão bons nessas sugestões que
será possível recomendar exatamente a série ou filme que se encaixa no
seu humor atual”, comentou Hastings.
Sem dúvidas, dar
acesso ao catálogo em mais de 130 países de uma vez certamente vai
testar a estrutura dos servidores da empresa, o que já deve ter sido
coberto pela equipe de engenheiros. No momento, as ações da empresa
estão em alta quase de 6%.
Com informações: The Verge.
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